a garota corria pra chegar.
só tinham duas horas,
e seriam as únicas daquela semana.
não queria perder um segundo se quer.
fazia planos, mas os esquecia.
a surpresa parecia ser sempre mais gostosa.
sorria só, olhava o relógio.
chegara na hora.
e logo na esquina, vinha ele.
sorriso largo, assim que a vira.
um longa eterna troca de olhares.
doze dias que se pareceram anos.
cabelo bagunçado, abraço apertado,
mãos entrelaçadas pra nunca mais soltar.
deixa ela falar
quarta-feira, 30 de julho de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
Nada profundo
Então vai, menino!
Mergulha sem medo,
Nada tranquilo até o fundo.
Corajoso, afundando, rapidamente, no início.
Repara, em volta, que tudo muda.
Aos poucos.
De repente, é.
Inundam de medo, os pulmões e receios,
Invadem a mente sem dó.
Respira, inspira, só água salgada.
A alma amargada, um monte de nó.
Quem dera, me dera,
Assim como foi,
chegou.
Mergulha sem medo,
Nada tranquilo até o fundo.
Corajoso, afundando, rapidamente, no início.
Repara, em volta, que tudo muda.
Aos poucos.
De repente, é.
Inundam de medo, os pulmões e receios,
Invadem a mente sem dó.
Respira, inspira, só água salgada.
A alma amargada, um monte de nó.
Quem dera, me dera,
Assim como foi,
chegou.
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Decidir
Em meio a tantos questionamentos e dúvidas percebe que, na verdade, o mais difícil é decidir. Sem perceber que usa como forma de desculpa, vai sempre olhando ambos lados, equilibrando os problemas, as vantagens, prorrogando a escolha. E enquanto, ao mesmo tempo, sabe que no fundo já decidiu, falta coragem para aceitar sua decisão. Insegura, questiona-se inúmeras vezes com as mesmas perguntas. Encontra sempre novas respostas e gera nó. Por que diante tantas possibilidades como dizer não ? Mais uma vez o velho e o novo se misturam só piorando a situação, como se já não fosse difícil o suficiente. Então, aquieta-se. Deixa os dias passarem. Evita pensar em tudo aquilo - como se fosse possível. Distrai a mente e busca um novo foco. Mas sabe, quando sozinha, ali no cantinho largado da mente, tudo ressurge. O coração acelera, e os pensamentos vão surgindo ininterruptamente. Alguém chega e pergunta "já desistiu né?", ela disfarça. Então outro "quer alguma ajuda?", mas é ela, só ela que precisa saber. Mais uma vez se encontra perdida. E aos poucos vai achando que, na verdade, talvez nunca se encontre.
sábado, 26 de outubro de 2013
Numa madrugada qualquer...
E ali estava ela, no meio da estrada, mais uma vez andando para frente. Era fim da madrugada quando despertou do sono profundo a qual se instalara. Havia dormido como um anjo, sereno, tranquilo, em paz. Apesar do constante movimento, mergulhara de cabeça naquelas preciosas horas que tinha para descansar.
Há muitos quilômetros de distância, ele estava numa festa. Acabava-se com o violão como se não houvesse amanhã. Regado de cerveja e uma boa cachaça, não viu as horas passarem cercado de tantos amigos. Mas afinal a noite há muito já terminara, e era chegada a hora de ir embora.
A menina olhava para os lados e não via nada. Poucas luzes cruzavam seu caminho enquanto ela se movia para seu novo destino. Então, como uma deliciosa surpresa, seu celular discretamente tocou.
Como magia, era ele perguntando se ela dormia. Sorriu.
Durante cinco minutos conversaram por mensagens. O coração da menina, antes cheio de dúvida, enchera-se de calor e certeza de que havia feito a escolha certa. Aonde quer que estivesse, de alguma maneira, eles sempre estariam conectados. Fechou o celular, olhou pra fora e respirou fundo.
Não importava a distância, não importava o motivo, não importava o meio. Sempre haveriam palavras certas e aconchegantes para acalentar aquele coração rebeldio.
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
através da música
Lá fora a chuva caía forte e molhava a janela. Trovejava,
enquanto ele se perdia em devaneios. Havia corrido tão pouco tempo desde o
início de tudo. Uma boca vermelha, um sorriso sincero, um encontro inesperado.
Mas a vida não era assim tão simples. Entre eles, uma enorme distância e o
gosto de quero mais. Encantado, buscava forma de repetir tudo. Sem tirar nem
por, cada gesto, cada olhar, cada toque.
Lá fora, o sol brilhava radiante. Ela estava numa rotina frenética,
finalizando a entrega de projetos e trabalhos que estavam lhe rendendo muitos
frutos. Há alguns dias retornara de um sonho. Pois saíra com destino certo,
metas e horários a cumprir, tudo tabelado, anotado. Praticamente sem tempo de
uma respiração extra. E assim fora, durante quase todo tempo - os longos 20
dias longe de casa.
Aos poucos, ele retornava a sua rotina. Alimentava o bicho, limpava
a sujeira, recebia um pouco de carinho. Arrumou a casa, escreveu alguma coisa.
E pegava-se voando, lembrando de cada detalhe. O que ele não faria para ter
pedido o telefone dela...
Como um turbilhão, ela organizara tudo que restava. Os
papeis, notas e fotos. Estava em seu ritmo insano até aquele segundo. Porque a
música começou a tocar e, como se não fosse suficiente para lembrar dele, ela
encontrou a foto. Aquela que ela nem lembrava ter tirado, mas que tinha
registrado cada traço daquele sorriso que há tinha feito sair do roteiro.
Como em sintonia, longe dali, ele ouvia a mesma música na
rádio. Juntos, sem saber, entraram no site, se registraram e comentaram
perguntando o nome daquela melodia viciante aos ouvidos. Um segundo depois, através
da foto de cadastro, se reconheceram.
Em dois lugares distantes, sincronizados, largos sorrisos se
abriram. Da janela do sol um “oi!” e da
janela molhada um “sinto sua falta”.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O grande dia
O céu estava muito azul, típico de um dia de outono. O sol
brilhava através da copa das árvores até chegar à janela da moça. Eram nove
horas da manhã e seu despertador tocava. Não que ela precisasse ser acordada,
mal conseguira dormir a noite toda. Aquele era seu grande dia. Na verdade, ela
não estava ansiosa por isso. Nunca sonhara com trezentos convidados, pianos, violinos,
véu e grinalda. Se considerava uma mulher moderna, contemporânea, casar não
fazia parte de seus planos. “Não fazia...”, lembrou bem.
Alguns quilômetros dali, o rapaz já estava de pé. Apesar de
ter parado de fumar, se rendeu a um trago. Seu estômago fazia barulhos, mas não
era de fome. Finalmente estava caindo a ficha de que o dia chegara, de que ela
finalmente diria o sim e seria pra sempre sua. Por um momento ele ri, lembrando
de como logo de cara, em seu primeiro encontro, ela disse que jamais casaria
com alguém. Na mesma hora ele joga o cigarro fora. Não quer arranjar motivo
para desentendimentos com sua bela noiva naquele dia tão especial.
A mulher levanta da cama, vai até a janela e suspira. Vê os pássaros
voando, escuta o cantar puro dos bem te vis e resolve ligar para o pai. Mas então,
antes de completar a chamada desliga. Entra no chuveiro e deixa a água bater
morna, relaxando seus músculos delicadamente. Alguns minutos passam, ela se
lembra do primeiro beijo com ele, do seu sorriso sincero e acolhedor, das
tantas risadas juntos.
O noivo já está de banho tomado esperando o carro chegar
para levá-lo para o local do evento. Naquele momento, finalmente compreendeu
porque sua futura esposa fez questão de que o casório fosse pela manhã. Do
jeito que são, estariam passando mal de ansiedade até o cair da noite. Dá
graças a deus por ter encontrado uma mulher tão cheia de cuidados, apesar de
nem todo mundo conhecer esse seu lado.
Ela sai do banho feliz, disposta a enfrentar o dia que vem pela
frente. Encontra com o maquiador, suas madrinhas, sua mãe e avó. Todos a
paparicam e a preparam com todo carinho e cuidado. Ela está deslumbrante. Uma
lágrima escorre quando se olha no espelho e, pela primeira vez, ela tem certeza
absoluta que está no caminho certo.
É chegada a hora. Ele está lá, esperando ela chegar até ele.
Pronto para passar o resto de sua vida com ela. Ela, com as mãos trêmulas e os
olhos cheios de lágrimas sente-se anestesiar quando finalmente seus olhos se
cruzam. É porto seguro, é doce lar, é amizade, respeito e amor. Ela não sabe se
eles ficarão juntos para sempre, mas ali, naquele exato segundo que seus olhos
se esbarram, ela têm certeza que durante o tempo que for, eles serão felizes.
Mais uma noite
Naquele ambiente lotado, barulhento e estranho, um drink
após o outro aliviava o cansaço da garota. Ali, ela aparentava ser um mulherão
e não a menina cheia de dúvidas que por dentro a consumiam. Havia sido mais um
dia de trabalho, cansativo, estressante e interminável. Seus lábios estavam vermelhos,
devido aos seus incontáveis mojitos de morango, e seus cabelos descabelados de
tanto jogá-los para todos os lados.
Então, como uma brisa fresca no verão, ela o sentiu. Porque
aquele sorriso transpirava segurança e dizer que só tinha visto não era o
suficiente. Ele tocava a pele, aquecia, inspirava. A mulher segura até então,
sentiu-se novamente garota, e suspirou. Sorriu, tímida, e arriscou chegar aos
olhos. Logo desviou daquele olhar penetrante que a fez enrubescer. Com a
sensação de que minutos teriam passado, voltou-se para suas amigas que,
surpreendentemente, nada haviam percebido.
Satisfeita, sorriu para si. Tomou mais um gole, e arriscou
procurar o sorriso, que seguiu e sentou numa mesa distante cercado de outros. Pensou
em inúmeras possibilidades. Aquele sopro de esperança enchia seus pulmões e lhe
dava energia. Queria ir lá, se apresentar, rir, conversar. Mas havia
uma fumaça, que confundia os olhos e embriagava a mente. Embora seu instinto
lhe dissesse para ir fundo, seus medos estavam fincados demais em suas raízes e
aos poucos seu entusiasmo foi se desfazendo.
O que ela não sabia, era que o homem havia gostado daquele
sorriso tímido e olhar rápido. Tantas eram as desinibidas que se jogavam,
topavam tudo. Sentira naquela mulher algo diferente, uma possibilidade. Sentado,
a procurou. Depois de alguns olhares famintos, a reconheceu pelos cabelos e o
mojito de morango na mão. Posicionou-se angulado em sua direção.
Mas o que ele não
sabia, é que ela vivia em um castelo. Em seus muros de segurança, a menina, não
mais garota, não mais mulher, em meio aos seus temores se fechou. Não mais
olhou naqueles olhos, muito menos naquele sorriso.
Algumas horas se passaram, e inúmeras vezes o rapaz olhou, sem correspondência. Começou a achar que a mulher não se interessara e entre um gole ou outro, questionava se devia ir até ela ou não. No fundo, ele também tinha suas inseguranças.
A mesa dela pediu a conta e levantaram para sair. Para matar a
curiosidade, uma última vez, a garota olhou para trás. Se não podia tê-lo, pelo
menos iria registrar cada detalhe daquele sorriso encantador. O que ela não
percebera é que ele também olhava para ela, querendo guardar para si cada traço
de seu rosto.
A menina resolveu arriscar-se, afinal já estava indo embora,
e mais uma vez enrubesceu-se quando seus olhos se esbarraram. Suspirou e rapidamente virou-se em
direção ao seu destino e saiu.
O rapaz, surpreendido pela saída inesperada da moça, fez o que somente lhe restava. A fitou, admirado, até não enxergar mais aqueles cabelos bagunçados jogados de um lado para o outro.
sábado, 20 de julho de 2013
3 anos
Torta.
Entorta.
Conserta de ré.
Mas volta, com tudo,
Sem freio, com fé.
Se choca, de cara,
Encara sem dó.
Frio, calcula,
os pontos
com nó.
Ilude a duas,
Ou três, quatro.
Malandro completo,
Repleto inseguro,
Medroso astuto,
Cego no muro.
Foge da escolha,
Vai acabar
Só.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Intuição
Bem fundo,
bem lá no fundo,
Sabia que era fuga.
Os olhos brilharam com a possibilidade,
Provar a si mesmo, aos outros.
Ia se virar sozinho.
Mas no fundo,
Bem lá no fundo,
Sabia que não era aquilo,
Era a oportunidade perfeita para escapar.
Estava tudo tão obnubilado em nó,
Refletiu.
Bem fundo,
Bem lá no fundo de si,
enfrentando seus dilemas e monstros,
Sabia que não queria ir.
Pensou nas oportunidades, nas renúncias.
Respirou fundo.
Levantou a cabeça,
Olhou pra frente
E sorriu.
Porque bem fundo,
Bem lá no fundo,
Ele já sabia que seria assim.
bem lá no fundo,
Sabia que era fuga.
Os olhos brilharam com a possibilidade,
Provar a si mesmo, aos outros.
Ia se virar sozinho.
Mas no fundo,
Bem lá no fundo,
Sabia que não era aquilo,
Era a oportunidade perfeita para escapar.
Estava tudo tão obnubilado em nó,
Refletiu.
Bem fundo,
Bem lá no fundo de si,
enfrentando seus dilemas e monstros,
Sabia que não queria ir.
Pensou nas oportunidades, nas renúncias.
Respirou fundo.
Levantou a cabeça,
Olhou pra frente
E sorriu.
Porque bem fundo,
Bem lá no fundo,
Ele já sabia que seria assim.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
TNC
Vai, desaparecer.
Vai longe, sem rumo,
Sem volta.
E vai, desaparecer.
Desprende, se solta,
Me deixa em paz.
Grita muito,
O som ta baixo.
Volume mesmo
Não sabes que é
Foi e voltou
Esse jogo cansou
Já disse e repito
Vá logo e vá pra valer
Adeus você.. adeus você
Então
Vai, Desaparecer.
Vai longe, sem rumo,
Sem volta.
E vai, desaparecer.
Desprende, se solta,
Me deixa em paz.
Do fundo do meu coração queria,
Queria muito, queria tanto,
Queria mesmo, honestamente,
Te mandar tnc.
Desaparecer
vai longe, sem rumo,
sem volta.
E vai, desaparecer.
desprende, se solta,
me deixa em paz.
TNC.
Doce, tranquila,
Profunda e calma
Relação linda
Que canto a vocês..
Vai desaparecer,
TNC
Adeus você!
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